O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), recebeu o embaixador egípcio Wael Aboul Magd, na semana passada, para avançar nas relações comerciais entre os países. Conforme o MAPA, essa foi a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023. E a possibilidade de entrada no mercado do Egito tem mais significado pela chancela do que pelos negócios.
Fávaro acredita que a abertura de mercado representa o reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. No último ano, as exportações brasileiras para o país africano cresceram 41%, enquanto as importações tiveram incremento de 18%. “Quem não quer comprar uma camisa ou um lençol com a qualidade do algodão egípcio? Se o Brasil vai exportar para o Egito significa que tem qualidade, tem credibilidade e tem respeito. Ao receber essa habilitação para exportar para o Egito, recebemos a chancela de qualidade do algodão brasileiro para o mundo todo”, disse.
Cerca de 65% do algodão no Brasil é plantado como segunda safra, entre os cultivos de soja e milho. Mato Grosso é o estado com a maior produção de algodão no país.
Além disso, o Egito tem se tornado cada vez mais um importante fornecedor de fertilizantes à base de potássio, com capacidade de dobrar sua comercialização. Milho e cana de açúcar são os produtos mais comprados e, a partir deste ano, o algodão brasileiro poderá entrar no rol das exportações. Além da relação comercial, parcerias de cooperação técnica foram discutidas durante a reunião na sede do Mapa.