O Estado de Mato Grosso tem 51% de áreas suprimidas (abertas) na Amazônia Legal com autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), no primeiro trimestre de 2023. O percentual representa um salto na legalidade que, antes de 2019, era de aproximadamente 5% em Mato Grosso.

Isso significa que a maioria do desmatamento seguiu os critérios legais, que determinam apenas 20% da área do bioma amazônico é passível de abertura, enquanto 80% deve ser preservado como reserva legal. Fatores como o aumento da eficiência do licenciamento da Sema-MT e a intensa fiscalização e responsabilização de quem realiza a atividade ilegal, permitiram o aumento da procura pela legalidade no campo.

“O governo tem investido para eliminar o desmatamento ilegal em Mato Grosso, ao mesmo tempo em trabalha a melhoria contínua da eficiência do licenciamento ambiental, atendendo àqueles que trabalham na legalidade. Cada vez mais o cerco se fechará para quem agir na ilegalidade, com o rigor da fiscalização, desaparelhamento dos infratores, cobrança das multas e transparência dos embargos. Em Mato Grosso a tolerância é zero para crimes ambientais, é possível fazer a abertura de áreas de forma legal, com autorização, seguindo a legislação ambiental que é uma das mais rígidas do mundo”, afirma a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.

As áreas abertas legalmente no Bioma somam 205,18 km². O levantamento cruzou os alertas de desmatamento da Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal do Estado de Mato Grosso (em hectares), com as autorizações de desmatamento e manejo florestal. O relatório do primeiro trimestre foi elaborado pela Coordenadoria de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CGMA), Superintendência de Regularização e Monitoramento Ambiental e Secretaria Adjunta de Gestão Ambiental.

Operação contra o desmatamento ilegal

O Estado tem agido com firmeza no combate ao desmatamento e crimes ambientais, com operações em campo, fiscalizações por imagens de satélite e aplicação de multas nas regiões, com foco nos municípios que mais desmatam ilegalmente.  Já foram aplicados R$ 227 milhões em multas ambientais no primeiro trimestre de 2023.

Desde março deste ano, o Estado iniciou a Operação Amazônia com mais de 200 servidores em campo atuando estrategicamente para frear o desmatamento ainda no início, apreender maquinários, e responsabilizar infratores flagrados cometendo crimes.