Cerca de dez acidentes de trânsito foram registrados, nessa segunda-feira (10), em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, sendo que seis deles ocorreram na Avenida da FEB por causa do andamento das obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT, na sigla em inglês).
A prefeitura de Várzea Grande informou que, mesmo existindo outros dois grandes corredores de interligação entre a capital e a região metropolitana, eles não comportam todo o trânsito que chega, em média, a cinco mil veículos por hora em horários de pico.
A administração também ressaltou que foi pedido ao governo estadual que as obras do BRT sejam realizadas durante a noite, porém, a grande maioria das intervenções ocorrem durante todo o dia, o que afeta o trânsito da região.
De acordo com informações da Guarda Municipal de Várzea Grande, ao menos 5 mil veículos circulam diariamente na avenida, tanto no sentido do centro da cidade, quanto a Cuiabá. Os congestionamentos e acidentes ocorrem mais comumente em horários de pico, devido ao aumento do fluxo de automóveis na via.
O subcomandante da guarda municipal, Alexandre Ortiz, informou à TV Centro América que é necessário que todos os condutores redobrem a atenção, principalmente nos horários de alto fluxo, para que o número de acidentes diminua.
“Infelizmente houve um aumento no número de acidentes de trânsito e isso [aconteceu] por falta de atenção de muitos condutores. A gente, por estar com essas obras, há paradas de veículos em locais que antes não paravam, ou seja, pontos onde não aconteciam congestionamentos agora acontecem”, disse.
Rotas alternativas para evitar o trânsito na Avenida da FEB
- Ponte Mário Andreazza com a estrada Dr.Paraná
- Dr.Paraná
- Ponte Nova
- Estrada da Guarita
- Ponte Sérgio Motta
VLT x BRT
O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra paralisada possui 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo BRT. Já em dezembro do ano passado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande.
As obras do projeto, que deveria ter ficado pronto oito anos atrás, já custou mais de R$ 1 bilhão.
