O empresário Luis Antônio Taveira Mendes, filho do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, investigado na Operação Hermes da Polícia Federal, renunciou ao cargo de diretor da KIN Mineradora Ltda, logo após seu nome ser envolvido no esquema do comércio ilegal de mercúrio.
Em 09 de julho, o publicou reportagem citando que KIN Mineração, localizada na Estrada Velha da Chapada dos Guimarães, era uma das empresas alvos de PF. Conforme investigação, a empresa teria adquirido ilegalmente R$ 301,9 mil em mercúrio, de Edilson Rodrigues de Campos.
As fraudes identificadas e investigadas têm como modus operandi o lançamento de dados falsos no sistema e a partir daí a comercialização de créditos virtuais fictícios que acobertam vendas e transporte de mercúrio real sem origem legal.
Posteriormente, no dia 26 de julho, foi realizada alteração contratual da KIN Mineradora, no qual Luis Antônio Taveira pediu a renúncia do cargo de diretor da empresa.
“Mediante a presente, por motivo de ordem pessoal, apresento-lhes em caráter irrevogável e irretratável, minha renúncia ao cargo de Diretora dessa sociedade, a qual fui eleita consoante deliberação adotada no Constituição da empresa em 28 de novembro de 2019”, diz trecho do documento.
No cargo de diretor da KIN Mineradora foi nomeado o engenheiro civil, Humberto Jorge Coelho de Gouvea. Na alteração contratual, o filho do governador passou a ser apenas sócio por meio da empresa Sollo Mineração S.A – de sua propriedade, isentando de qualquer responsabilidade seus atos praticados no período em que era o responsável pela mineradora.
“O diretor renunciante declara expressamente sob as penas da lei, que grava pendências de pagamento ao direito à remuneração, renunciando, neste ato, o diretor de requerer eventual pagamento a esse título, judicialmente. A sociedade exime o diretor renunciante de toda e qualquer responsabilidade sobre os atos praticados pelo tempo que mantivera no cargo de Diretor da Sociedade”, diz outro trecho do documento.
Ainda, segundo documentos, a KIN Mineradora foi fechada e incorporada à Mineradora Aricá, logo após ser envolvida nas investigações da Polícia Federal. A oficialização da baixa da KIN Mineradora foi apresentada na Junta Comercial do Estado em 31 de julho deste ano, sendo emitida certidão em 28 de agosto deste ano.
Lembrando que a Mineradora Aricá foi um dos alvos da 2ª fase da Operação Hermes, deflagrada na semana passada.
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