O técnico em patologia clínica e doador de sangue há 20 anos, Carlos Eduardo Ribeiro, vê a doação como um gesto heróico. “É satisfatório ser um doador porque você acaba ajudando o próximo, apesar de não saber quem é. Eu me sinto um herói sem capa com certeza. Faço isso de graça, sem esperar nada em troca”, diz.
Rivael Meira também é doador de sangue há mais de 20 anos e, além de doar sangue, ele também faz doação por aférese, método de coleta que permite a doação de uma maior quantidade do componente desejado em pequeno volume; o paciente que recebe esse produto tem sua necessidade atendida e realiza um menor número de transfusões.
“Sou muito feliz por ser um doador. Sou grato por ajudar as pessoas a sobreviverem e terem uma qualidade de vida maior através da minha doação”, conta Rivael.
Créditos: SES-MT
Entre os quase 100 mil pacientes beneficiados com as doações de sangue neste ano, está Zilda Romana da luz, de 80 anos. Há cinco anos ela trata um quadro de anemia aplástica no MT Hemocentro e recebe transfusões semanais de sangue para se manter viva. A filha dela, Silvia da Silva, entende que sem esse tratamento a saúde dela estaria mais debilitada.
“Sou muito grata às pessoas que doam sangue. Graças a essa atitude e outros tratamentos complementares minha mãe está de pé. Meus irmãos são doadores de sangue. Nós temos consciência de que as doações são primordiais para que a nossa mãe tenha qualidade de vida, pois sabemos que o tratamento é paliativo, por ela ser idosa não há possibilidade de transplante de medula, então contamos com as doações”, diz Silvia.
Quem também externa gratidão aos doadores é o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, que aproveitou o Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado neste sábado (25.11), para parabenizar os doadores pelo gesto altruísta e convocar a população para doar.
“Neste sábado, o MT Hemocentro estará aberto para realizar coletas de sangue. É importante frisar que uma doação pode salvar até quatro vidas. Então faço um convite especial para a população prestigiar o banco de sangue no Dia Nacional do Doador de Sangue e, assim, salvarmos muitas vidas em Mato Grosso”, reforçou.
Atualmente, o MT Hemocentro atende 4.700 pacientes fixos que tratam diversas doenças hematológicas no local. Entre as doenças tratadas na unidade de saúde, estão anemia falciforme e hemofilia.
“Sem o amor e solidariedade dos nossos doadores, não seria possível oportunizar um tratamento adequado à dona Zilda e outros tantos pacientes que são atendidos aqui e nos hospitais públicos do Estado”, concluiu a diretora da unidade especializada, Gian Carla Zanela.
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