Promovido pelo MoveInfra, o evento “Infraestrutura: Caminhos para a transição sustentável” reuniu os principais nomes do setor para um dia de conversas e troca de conhecimentos, em Brasília.
“Em cinco anos, nós concluímos a pavimentação de 3,5 mil quilômetros de asfalto novo em Mato Grosso. É um programa robusto de infraestrutura e eu diria, seguramente, que é o maior entre todos os estados brasileiros hoje. Mas o nosso maior gargalo para ampliação desse projeto ainda é a mão de obra”, afirmou o governador.
Mauro participou do painel “Social e Desenvolvimento: Como preparar a força de trabalho para o futuro da infraestrutura”, que discutiu estratégias para garantir mão de obra qualificada em projetos de infraestrutura.
O governador ressaltou ainda que toda essa pavimentação – um recorde entre os estados e maior até do que a realizada pelo Governo Federal – foi financiada com capital próprio.
Isso inclui o trecho de obras da BR-163, principal rodovia federal de escoamento da produção agropecuária e que o governador conseguiu articular para que a concessão fosse transferida ao Governo de Mato Grosso.
“O Estado tem se esforçado para que a relação entre todos os setores seja proativa e cooperativa, e que inspire a realização de negócios e um ambiente de confiança. Por isso, conseguimos realizar esse amplo projeto de pavimentação com capital próprio do Estado e zero investimento privado. Vamos manter o compromisso de investir nesse importante eixo logístico e econômico para o país”, garantiu.
Mauro relembrou que a recuperação da capacidade de investimento, realizada pelo Governo do Estado ao longo dos últimos anos, foi fundamental para garantir um contexto pujante para a infraestrutura.
“Estamos caminhando para o quarto ano consecutivo em que conseguimos estabelecer uma boa capacidade do Governo do Estado de fazer investimentos. Encerramos 2023 investindo mais de 19% da nossa receita. Neste ano, vamos investir cerca de 18%. Para 2024, já temos garantidos de 15 a 16% da receita para investimentos. Essa robustez de investimentos garante um ciclo positivo de fortalecimento de todos os atores envolvidos, não só da infraestrutura, mas de diversos outros setores”, explicou.
O governador também mencionou sua ida à COP-28, em Dubai, para trazer ao debate o processo de transição de matriz energética no planeta, que deve caminhar em sintonia com a infraestrutura.
“Teremos que nos adaptar a essa transição energética, porque vai mudar consideravelmente a forma como nós produzimos, consumimos e desenvolvemos grande parte dos negócios. Dificilmente alguém não será impactado. O Brasil está muito bem posicionado nesse setor, com grandes ativos ambientais e matrizes energéticas limpas, mas precisamos pressionar grandes potências mundiais a fazer mais, porque respondem pela maior parte das emissões de combustíveis fósseis”, finalizou.