Antes o que vem antes: mesmo sem Neymar, o Arsenal (uhu) passou por cima do Manchester City, de Pep Guardiola (e do mestre Juca Kfouri). Torcedores do time de Londres devem comemorar como um título, até porque para ganhar o título, de verdade, o problema deste ano não mora em Manchester, mora em Liverpool.
E está osso para alcançar o time de Salah, o principal jogador sem Bola de Ouro do futebol.
E por que este humilde escriba mencionou Neymar, o Júnior, para falar de Arsenal? Explico, estamos na era de Neymar, o craque oneypresente.
Desde o dia 29 de janeiro estamos também no Ano da Serpente no calendário chinês. E o último ano da amiga serpente foi 2013, exatamente quando NeyJovem jogou pela última vez com a camisa do Santos. Coincidência?
E não é de hoje que Ney domina o noticiário. Pense bem quantas vezes você, querido leitor e querida leitora, viu um site esportivo fazer acompanhamento ao vivo de um jogo do Sauditão antes da contratação do Júnior pelo Al Hilal? Quantas crianças já tinha visto a camisa azul do supracitado clube árabe antes de 2023 (o filho do Thiago Neves não conta)?
Ney Jr. voltou no fim da semana passada, num longo e cansativo voo no AeroNey, aeronave muito melhor do que a do New England Patriots, reza a lenda.
O dia foi consagrado como NeyDay, todo dedicado ao astro. Pessoas do meu prédio que nunca trocaram duas palavras comigo perguntaram sorridentes, “E o Neymar, hein?”. Não soube o que responder e devolvi apenas um sorriso com os indicadores apontados para o céu. Ficaram satisfeitos.
O primeiro NeyContrato tem apenas cinco meses de duração. Mas serão cinco meses épicos.
Para o primeiro treino, Ney chegou em um NeyCóptero. Fora os dias de GP Brasil, não via tanto interesse em helicópteros desde as finadas séries dos anos 1980 “Águia de Fogo” e “Trovão Azul” —derivada do grande filme “Trovão Azul”, com Roy Scheider, que já matou tubarão.
Também já teve jogo sem Neymar, o que não chega a ser algo inédito. Depois de vários títulos anunciando que “Sem Neymar, Al Hilal ‘fez alguma coisa’”, já tivemos o primeiro “sem Neymar” depois de sua volta. E o São Paulo não teve culpa de nada. Se tivesse vencido por 3 a 1, a reportagem também começaria com “sem Neymar”.
Quando o craque falou sobre Pedro Caixinha, me pareceu que a imprensa deixou escapar a grande sacada de Neymar, que afirmou que “falta encaixar”. Captou?
E como o camisa 10 tem NeySorte, o Santos está no grupo-chacota do Paulistinha, com todo o respeito. Não é nada com o Santos, mas todo ano tem um grupo em que ninguém pontua, mas dois de classificam.
Veja o Corinthians, que tem 15 pontos e é vice de seu grupo (até a conclusão deste texto); o Palmeiras, com 11, é vice. Mas o Santos, com 7 pontos, lidera o Grupo B. NeySorte.
A estreia de Júnior será nesta quarta (5), na Vila Belmiro, contra um dos dois times que não ganharam de ninguém, o Botafogo-SP. É o universo conspirando a favor. Já imagino o próximo título iniciando com “Com Neymar…”.
Que o Ano da Serpente seja o ano da volta aos bons tempos de Neymar, que certamente retornará à seleção de Dorival (também Júnior) assim que tenha condições para jogar 30 segundos.
Uma dúvida ainda fica para a temporada, e espero que não naufrague: vai ter cruzeiro Ney em Alto Mar no fim do ano?
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noticia por : UOL