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Cuiaba - MT / 8 de fevereiro de 2025 - 0:25

Político de extrema direita de Portugal a favor de castração química para pedófilos é acusado de pagar por sexo a adolescente de 15 anos


Nuno Pardal, 54, admitiu os atos e renunciou a seu mandato. Ele afirmou à imprensa local que não sabia a idade da vítima. Nas últimas duas semanas, parlamentares do Chega também foram acusados de roubar malas em aeroporto e dirigir embriagado. Outdoor do partido de extrema direita português Chega é visto em Lisboa em março de 2024
Armando Franca/AP Photo
Um membro do Chega, partido de extrema direita de Portugal, foi acusado pelo Ministério Público de pagar para fazer sexo com um adolescente de 15 anos. Nuno Pardal, 54, havia se manifestado a favor da castração química para pedófilos — a mesma posição sustentada pelo seu partido.
Segundo o jornal “Público”, ele admitiu os atos e disse que não sabia qual era a idade da vítima. Pardal renunciou ao seu mandato na Assembleia Municipa de Lisboa e ao posto de vice-líder distrital de seu partido.
O caso foi revelado pelo jornal “Expresso” na última quinta-feira (6). Segundo a denúncia do Ministério Público, o político conheceu o menor por meio de um aplicativo, no qual os dois combinaram de se encontrar em uma estação de trem, em 2023.
Na época, o jovem tinha 15 anos. Após o ato sexual, Pardal efetuou um pagamento de 20 euros (cerca de R$ 120, na conversão atual) via transferência eletrônica. O político do Chega ainda teria tentado marcar um novo encontro, mas a proposta foi recusada.
O caso teria sido descoberto quando os pais do menor tiveram acesso às conversas que o filho mantinha por WhatsApp. Segundo a imprensa portuguesa, Pardal é acusado de dois crimes de prostituição de menores agravados.
“Não sabia mesmo que ele era menor de idade. Se soubesse, não me teria envolvido, como é óbvio”, declarou Pardal, segundo o “Público”.
‘Limpar Portugal’
O líder do Chega, André Ventura, afirmou à imprensa portuguesa que mantém a posição do partido a favor da castração química “para pedófilos ou abusadores de menores”.
“Tive a oportunidade já de transmitir a Nuno Pardal que a posição do partido era inflexível nesta matéria e que tinha que imediatamente renunciar a todos os lugares que ocupe em função do partido ou derivado do mandato do partido”, afirmou à agência RTP.
O caso de Pardal não é o único. Outros dois membros sêniores do Chega enfrentaram nas últimas duas semanas acusações de terem cometido um crime, ameaçando a imagem de “lei e ordem” que ajudou o partido a se tornar a terceira maior força no Parlamento.
Ventura se distanciou dos três e prometeu tolerância zero com o crime em um partido cujo slogan é “Limpar Portugal”. “Não é um bom momento para o partido”, ele admitiu.
Em janeiro, promotores públicos indicaram o parlamentar Miguel Arruda como suspeito em um caso envolvendo um suposto roubo de malas da esteira de bagagens no aeroporto de Lisboa.
Arruda nega ter cometido irregularidades, dizendo que as imagens da câmera de segurança que o mostram pegando uma mala podem ter sido geradas por inteligência artificial, mas deixou o Chega para atuar como membro independente do Parlamento até que sua imunidade seja levantada.
No último domingo, José Paulo Sousa, deputado regional do Chega na Assembleia Legislativa dos Açores, foi pego dirigindo embriagado com o dobro da quantidade de álcool no sangue que é considerada crime.
Desde então, ele emitiu um pedido de desculpas pelo Facebook, dizendo que estava envergonhado e pronto para enfrentar as consequências.
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Fonte: G1

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