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Cuiaba - MT / 23 de fevereiro de 2025 - 17:08

Bolsonaro temia depósitos de dinheiro em sua conta, diz Cid

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em seu acordo de colaboração premiada, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) temia que fossem feitos depósitos de dinheiro em sua conta pessoal sem sua permissão e que chegou a mudar de conta corrente depois de receber Pix de apoiadores.

As informações estão na delação de Cid sobre a utilização de cartão corporativo por Bolsonaro para pagamento de despesas pessoais. O ajudante de ordens diz que o cartão não era usado para pagar contas do ex-presidente —quando o pagamento era para pessoa jurídica, “contas fixas do ex-presidente, água, luz, condomínio”, Cid pagava diretamente no caixa, enquanto “contas de pessoas física, cabeleireiro, bolo, coisas da rotina de uma casa, eram pagas em dinheiro”.

Cid tinha também o cartão de Bolsonaro, que era usado para gastos pessoais do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo ele, o extrato bancário era fácil de ser analisado por só conter gastos fixos, depósitos e saques que Cid fazia. Nesse momento do depoimento, afirmou que Bolsonaro “tinha receio de que depositassem valores na sua conta pessoal sem a sua anuência.”

O tenente-coronel afirmou ainda que não entraram valores de terceiros, apenas a remuneração relativas a presidência e ao Exército, e complementou que, em determinado momento, “devido ao vazamento do CPF do ex-presidente, alguns ‘pix’ de pequenos valores começaram a ‘cair’ na conta, e assim decidiram trocar o número da conta”. Cid disse que apenas ele e Bolsonaro tinham acesso à conta.

Ao ser questionado sobre o financiamento de “motociatas”, Cid disse que, a partir do momento em que o ex-presidente decidiu andar de moto, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) teve de comprar motos similares à de Bolsonaro para poder acompanhá-lo e que, para alcançar alguns lugares, por vezes tiveram que embarcar as motos para que chegassem ao local do evento.

Na delação, Cid disse acreditar que os gastos com as motos e seu transporte eram pagos com o cartão corporativo e que “gastos de hospedagem e alimentação dos servidores que faziam a segurança do presidente nas ‘motociatas’ eram arcadas com o uso do cartão corporativo.”


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noticia por : UOL

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