O feriado prolongado do Carnaval é um momento propício para viagens à praia, ao interior e para curtir nas ruas das grandes cidades. Somado ao calor intenso, o uso de roupas curtas ao ar livre aumentam a exposição da pele tanto ao sol como à mosquitos, que são transmissores de doenças como a dengue e a febre amarela.
Por isso, é importante saber combinar o uso do protetor solar e do repelente para um Carnaval seguro e saudável. Mas se engana quem acredita que a ordem dos fatores não altera o resultado. Especialistas alertam que, para garantir a eficácia dos produtos, é preciso saber aplicar e, principalmente, reaplicar.
O dermatologista Gustavo Novaes indica que o protetor solar seja passado primeiro, já que o filtro precisa ser absorvido pela pele e o repelente fará uma camada protetora. “Se você aplicar primeiro o repelente, quando você aplicar o filtro, ele pode não funcionar tão bem por não ser absorvido da forma adequada”, explica.
O médico lembra que é preferível que se aguarde de dez a 15 minutos para que o protetor seja totalmente absorvido, para aí sim, aplicar o outro produto em cima, nas áreas expostas.
No verão, tem pessoas que gostam de acrescentar uma loção hidratante a esse combo. Nesse caso, a dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Thalyta Valle, recomenda que o primeiro passo seja a hidratação.
Apesar de ser uma prática ignorada por muitos, a reaplicação dos produtos é essencial. O tempo que cada um deve ser reaplicado depende de alguns fatores. Os especialistas dizem que o tempo médio para ter que passar novamente o protetor solar é entre duas a três horas. Ele pode ser reaplicado em cima do repelente.
Já o tempo de duração do repelente é maior, variando de seis a dez horas. De acordo com Valle, depois da reaplicação do filtro solar, não é preciso repor o repelente, podendo esperar o seu tempo de duração.
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O fator de variação do tempo de duração dos produtos envolve a marca e também a composição, então é sempre importante ler a bula ou as instruções de uso. Uma questão que faz diminuir a validade da aplicação é a exposição à chuva, piscina, mar ou suor. “Mesmo os filtros com resistência à água, o que seria o ideal nesses casos, perdem a eficácia com o tempo e com a expulsão à água, então o ideal é a reaplicação”, recomenda Novaes.
Valle observa que, além das barreiras químicas, há também a possibilidade de se proteger com óculos de sol, chapéu e roupas com proteção ultravioleta.
Quanto aos repelentes, os mais eficazes são os que contém substâncias como a icaridina, DEET ou IR3535.
Além desses cuidados principais, o dermatologista também lembra da atenção em evitar áreas mais sensíveis, como a região dos olhos e da boca.
Também é importante que cada pessoa busque o filtro solar ideal para cada tipo de pele. As crianças, por exemplo, têm peles mais sensíveis e precisam de produtos específicos para elas.
“Crianças só podem usar repelentes e filtros após os seis meses de idade. Depois desse período, existem produtos específicos para a faixa etária”, diz Valle. Os infantis geralmente têm uma duração menor, que é recomendada na embalagem.
A dermatologista completa que, em crianças menores de 12 anos, é preferível o uso de repelentes contendo icaridina e DEET em concentrações de até 10%, aplicados no máximo três vezes ao dia.
noticia por : UOL