Após desenvolver úlceras no local, britânica chegou a ter primeiro diagnóstico de que problema era causado pelos sisos
A britânica Charlotte Webster-Salter, de 27 anos, passou por uma experiência difícil, apesar da pouca idade: a reconstrução da língua por conta de um câncer bucal. O problema demorou a ser identificado, já que, por ser jovem, os médicos haviam descartado algo mais série e diagnosticado os sintomas dela como um problema relacionado aos dentes sisos e a uma rotina atribulada. As informações são do New York Post.
Os problemas de Charlotte começaram em 2018, quando ainda era comissária de bordo, e começou a ter úlceras frequentes na boca. Na época, ela culpou a rotina de viagens sempre lotada. Apesar disso, ela resolveu procurar um médico para investigar o sintoma.
Jovem e sem histórico de fumante, os médicos e dentistas que examinaram a britânica a aconselharam a fazer uma correção nos dentes e remover os sisos. Contudo, o problema não foi resolvido.
Ela foi então encaminhada a um especialista de ouvido, naris e garganta do Hospital St. Richards em fevereiro de 2021. Lá, foi realizada uma biópsia depois que a sua língua desenvolveu machas brancas e doloridas.
A biópsia identificou um câncer bucal. Em entrevista ao New York Poster, Charlotte disse que a notícia foi um “choque”, porque ela é uma “pessoa saudável”.
Ela passou por uma cirurgia de 9 horas e meia para remover o câncer. No processo, os médicos tiveram que remover uma parte da língua – na qual foi identificado um tumor. Este pedaço foi substituído por um músculo da perna da paciente.
O processo de recuperação não foi fácil. Um tubo de traqueostomia precisou ser colocado nela para ajudá-la a respirar. Ela teve que fazer fisioterapia para treinar não apenas a respiração com a ‘nova língua’ como também a como falar e comer.
Charlotte, que agora estuda para ser parteira, tem atuado para alertar às pessoas sobre o câncer bucal. “Existe um estereótipo para o câncer de boca. Foi-me dito, ‘Oh, você é muito jovem.’ — Deus, não vai ser isso. Mas isso realmente pode acontecer com qualquer pessoa, não apenas fumantes”, ressaltou.