Em outro diálogo, o policial pergunta ao empresário se haveria previsão para o “café” dele. Além disso, as planilhas de contabilidade do grupo registraram pagamento de valores junto à sigla MAG. Para a PF, seriam indícios de que Magno receberia pagamentos do grupo em troca de informações de dentro das investigações.
“Além do contato frequente, a transcrição das mensagens trocadas entre os dois evidencia intimidade no trato, vez que um se dirige ao outro como ‘irmão’ ou ‘amigo’. Rogério Magno Almeida Medeiros, nessas mensagens, marca encontros com Alex Rezende Parente, se coloca à disposição do ‘amigo’ e solicita, inclusive, a realização, em sua residência, de serviços de dedetização, que são autorizados como ‘cortesia’ por Alex Rezende Parente”, escreveu a PF no pedido de prisão do agente.
Essa segunda fase da Operação Overclean cumpriu quatro mandados de prisão preventiva. A investigação aponta que essa organização, composta por empresas com atuação na área de limpeza urbana e também de pavimentação, fraudava licitações e desviava recursos públicos, incluindo de emendas parlamentares.
Na primeira fase da Operação Overclean, deflagrada em 10 de dezembro, a PF cumpriu 17 mandados de prisão preventiva. Todos os detidos foram soltos na última sexta-feira (20) por decisão da desembargadora Daniele Maranhão, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).
A defesa de Rogério Magno ainda não foi localizada para se manifestar. A defesa de Alex Parente ainda não respondeu aos contatos.
noticia por : UOL