O senador Carlos Fávaro (PSD) classificou como “destruição total” os diversos cortes no orçamento da Educação promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorre após a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) anunciar que conta com apenas R$ 10 mil em caixa e que vai deixar de pagar bolsas a estudantes e despesas básicas.
O parlamentar mato-grossense afirmou que busca contato com o Executivo para que esses cortes sejam revistos, bem como citou que outras áreas estão sendo prejudicadas. Para Fávaro, o orçamento do ano que vem precisa ser reorganizado. Nessa linha, fez apelo para que a PEC do Bolsa Família seja aprovada, como forma de ajudar os mais necessitados.
A realidade financeira da instituição foi esclarecida pelo reitor da UFMT, Evandro Soares da Silva, em reunião com representantes de todas as categorias que formam a comunidade acadêmica, incluindo os docentes. Segundo os gestores, a UFMT, com todos os cortes sofridos durante o ano, acumula déficit superior a R$ 5 milhões.
Agora, a universidade conta com cerca de R$ 10 mil para o pagamento de todas as suas despesas, incluindo as mais de 1.700 bolsas de estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, o que soma um montante de mais de R$ 564 mil.
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“A situação da UFMT e de todas as instituições federais de ensino é fruto da destruição total promovida pelo atual governo. E não é só na Educação, temos problemas na questão da distribuição de medicamentos aos mais pobres, na Polícia Rodoviária Federal e em muitas outras áreas. Justamente por isso, estamos trabalhando na aprovação da PEC do Bolsa Família, que não apenas irá garantir o pagamento do benefício de R$ 600 por família, além do adicional por criança de até 6 anos, mas para assegurar uma reorganização no orçamento do ano que vem, para que isso não se repita nunca mais. Além disso, estamos buscando contato com o Executivo para que reveja estes cortes, que prejudicam, mais uma vez, milhares de brasileiros”, informou o senador.
A Comissão de Justiça do Senado aprovou nesta terça a PEC do Bolsa Família. “O texto da proposta segue para o plenário e vai agarantir à população brasileira incentivos importantes aos projetos sociais mais relevantes do país, além de repasses ao SUS. Estamos iniciando um novo governo, que vai possibilitar melhorias aos mais necessitados”, destacou.
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