Não por acaso, sua aprovação foi comemorada por bolsonaristas e pela ala mais radical do governo Trump. No governo brasileiro, que tenta atuar com cautela no caso, a votação reflete uma demonstração da disposição de republicanos de intervir nas eleições no Brasil em 2026.
A ofensiva contra o STF e o Brasil começou ainda no ano passado, depois que as instituições nacionais lançaram uma operação para tentar conter a desinformação, investigar planos de um golpe de estado e tentar preservar a democracia.
O tema ganhou força com a suspensão do X do Brasil, alegada pelos americanos como censura em 2024. A plataforma, porém, não havia indicado um representante legal no país e, diante da violação, havia sido barrada. A empresa de Musk cedeu, e voltou a funcionar.
Naquele momento, o gesto de Moraes levou congressistas republicanos e aliados ao bolsonarismo a circular a proposta. Mas acabou sendo adiada.
Agora, a atuação de Moraes voltou ao debate com o caso das empresas de mídia de Trump e a plataforma Rumble. Na semana passada, horas depois de a PGR entrar com uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, essas companhias abriram um processo nos EUA contra Moraes, alegando censura, omitindo fatos e distorcendo acontecimentos no Brasil.
Moraes suspendeu a Rumble, também por não indicar um representante no Brasil. Um pedido de liminar, porém, foi recusado pela Justiça americana, na terça-feira.
noticia por : UOL