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Os articuladores da tentativa de sequestro do ex-ministro da Justiça e senador, Sérgio Moro, fraudaram um chip telefônico em nome de uma moradora de Sinop (480 km de Cuiabá) para executar a empreitada criminosa. A informação consta na decisão da juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, que revela com detalhes o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o parlamentar.
O plano foi descortinado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) depois que o órgão ministerial foi procurado por um ex-integrante do PCC que delatou a missão dos ex-comparsas. O ‘cabeça’ do plano seria Janeferson Aparecido Gomes, apontado como líder da célula ‘restrita’ do Primeiro Comando da Capital (PCC) — voltada à execução de faccionados de grande importância e agentes públicos.
A decisão revela ainda que o ex-faccionado que entregou o plano também estaria jurado de morte, na mira de Janeferson, conhecido no mundo do crime como NF.
Os números telefônicos investigados pela Polícia Federal, dentre os quais estava a linha atribuida à moradora de Sinop, também foram fornecidos pelo informante. Segundo o ex-faccionado, os contatos seriam de pessoas próximas ao líder da ‘restrita’.
Nas investigações, a polícia identificou que três das quatro linhas estavam registradas em nome de pessoas residentes no estado de São Paulo e que possuiam indícios de envolvimento com o PCC. A única que fugiu à regra foi a moradora de Sinop, Luiza Maria Rodrigues. A polícia concluiu que ela foi vítima de uma fraude para dissimular a identidade do verdadeiro criminoso que utiliza o número de telefone.
O plano para sequestrar o senador Sérgio Moro veio à tona na última quarta-feira, depois que a Polícia Federal deflagrou operação para prender os envolvidos no caso.