“TAPETÃO”
Deputado quer descongelar votos do corregelionário, o ex-prefeito de Chapada, Gilberto Mello
O deputado estadual Delegado Claudinei (PL), que não conseguiu se reeleger, buscou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar descongelar os votos do ex-prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Mello, que também tentava uma vaga na Assembleia Legislativa, para manter sua cadeira no Parlamento.
O registro de candidatura de Mello foi indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ele disputou a eleição sub judice. O ex-prefeito teve 7.260 votos.
Caso os votos sejam descongelados pelo TSE, Claudinei toma o lugar do vereador de Cuiabá, Jucá do Guaraná, (MDB) no Legislativo.
“Se os votos do candidato Gilberto Mello não tivessem congelados, hoje eu seria o deputado formalmente reeleito pela somatória, pela regra da sobra dos votos na legenda”, afirmou o delegado.
Isso porque, ao todo, o MDB recebeu 217.896 votos e conseguiu eleger três deputados dentro do quociente eleitoral, que foi de 72.099 votos no Estado. Juca teve 20.723 votos e entrou pela chamada sobra, formando uma bancada de quatro parlamentares emedebistas.
Já o PL teve o equivalente a 156.642 votos, elegendo dois deputados estaduais pelo quociente eleitoral, mas com menos votos na sobra que o MDB.
Ocorre que somando os votos de Mello, o PL pode chegar a 12.444 votos de sobra contra 1.599 do MDB, o que garantiria à legenda a vaga no Legislativo, que ficaria com Claudinei.
Segundo o delegado, a previsão é que o TSE faça o julgamento do processo antes da diplomação dos novos deputados. “
Tem uma previsão no TSE de decidir todos [os processos], referentes a esses registros que foram indeferidos nos estados, antes das diplomações”, disse.
Ele ainda afirmou acreditar que pode o TSE reverter a decisão do TRE. Mello teve o registro de candidatura indeferido uma vez que teve as contas rejeitadas por irregularidades insanáveis e por decisão irrecorrível pelo Tribunal de Contas da União (TCU) quando era prefeito de Chapada, entre os anos de 2005 e 2008.
“Eu, na verdade, não conheço a fundo o processo dele, mas pode ser com essa nova mudança na própria lei de improbidade administrativa, que a agora exige o dolo do gestor tal, ajudar a descongelar esse processo”, pontuou.