A sentença foi proferida na madrugada desta terça-feira (18).
A Justiça de Mato Grosso condenou na madrugada desta terça-feira (18), a 18 anos de prisão em regime fechado a empresária a Cláudia de Souza Oliveira Flor, por ter encomendado a morte do marido, o também empresário Toni da Silva Flor, 38 anos, em Cuiabá.
A sentença proferida pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Capital.
Ana Cláudia foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe, por dificultar a defesa da vítima, ser contra o cônjuge e por concurso de agentes.
Durante julgamento, o promotor de Justiça, Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, afirmou que em seus 25 anos de promotoria, nunca viu tanta frieza e postura ardilosa como a de Ana Cláudia. “Pessoa fria, calculista, sem escrúpulos”, asseverou.
Em depoimento ao Júri, a ré disse que era agredida, humilhada pelo marido e que procurou os executores porque tinha medo.
No entanto, o Júri não acatou as justificativas.
“Pelo exposto e considerando a vontade soberana do Conselho de Sentença, condeno a acusada ANA CLAUDIA DE SOUZA OLIVEIRA FLOR, qualificada nos autos, nas sanções do artigo 121, § 2º, inciso IV, c/c o artigo 29, ambos do Código Penal, com as implicações da Lei nº 8.072/90, alterada pela Lei nº 11.464/2007, à pena privativa de liberdade de 18 (dezoito) anos de reclusão, no regime inicialmente fechado”, diz trecho de decisão.
Relembre o caso
Toni Flor foi morto com cinco tiros na frente da academia que frequentava no dia 11 de agosto de 2020. Ele chegou a ser socorrido na época, mas morreu no hospital.
Ana Cláudia foi presa pouco mais de um ano após o crime, dias após o executor, Igor Espinosa ser capturado e confessar.
As investigações apontaram que a ré encomendou a morte do marido pela quantia de R$ 60 mil. O intuito seria ficar com os bens do casal, tendo em vista que Toni – dias antes de morrer – teria dito que queria o fim do casamento.
Assim que o inquérito foi concluído, o MPE denunciou a empresária.
Além dela e do executor, Wellington Honoria Albino, Dieliton Mota da Silva, Sandro Lucio e Ediane Aparecida da Cruz Silva também foram denunciados por envolvimento no crime.
Os demais réus recorreram e deverão enfrentar Júri Popular em data ainda não informada.