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Cuiaba - MT / 9 de janeiro de 2025 - 7:50

Estrangeiras viram ímã na B3 e fazem índice bater recorde

Após acumular alta de 27% em 2024 e atingir recordes nominais, o dólar foi um ímã para os investimentos na Bolsa brasileira no ano passado. Entre os 33 índices da B3, o BDRX (de certificados de ações de empresas do exterior negociadas no Brasil) foi o que mais subiu (70,59%), atingindo o seu maior patamar desde a criação, em 2010.

É o que mostra um levantamento feito pela Elos Ayta Consultoria a pedido do Painel S.A..

O índice é composto por 152 ações de empresas estrangeiras, entre elas gigantes globais que estão no dia a dia dos brasileiros, como Coca-Cola, Colgate, McDonalds, Snow Flakes, Apple, Amazon, Netflix, Nike, Spotify e Exxon Mobil.

Segundo Einar Rivero, sócio da Elos Ayta, o resultado mostra que os investidores correram no ano passado para ativos atrelados ao dólar em meio a uma disparada da moeda americana para calibrar as perdas no mercado local.

“Esse desempenho recorde do BDRX é uma prova concreta de como os ativos internacionais podem alavancar uma carteira de investimentos. Quando o dólar se valoriza e as grandes empresas globais performam bem, os investidores locais colhem esses frutos de forma direta”, disse Rivero.

Além do índice de BDRs, também registraram alta em 2024 o Ibov B3 Estatais (16,44%), que reúne ações de estatais, e o INDX (14,5%), que engloba papéis de indústrias.

Os outros 30 índices da Bolsa tiveram quedas, sendo que o principal deles, o Ibovespa, desvalorizou 10,36%.

Na comparação com 2023, o resultado mostra que 2024 foi mais desafiador para a Bolsa brasileira. Em 2023, todos os 33 índices da B3 tiveram valorização, em parte por conta do início do ciclo de queda dos juros.

Os setores mais impulsionados pelo otimismo dos investidores naquele ano sofreram um revés em 2024 com uma inesperada volta da alta da taxa Selic.

Montanha-russa

O Índice Imobiliário (IMOB) foi o que mais subiu no primeiro ano do mandato de Lula, com alta de 53,27%. No ano passado, foi o que mais caiu entre os índices setoriais, com desvalorização de 24,95%.

Nem mesmo ações que costumam servir como defensivos na carteira dos investidores por não sofrerem tanto com as oscilações de mercado, como o setor de utilidades (energia, gás e saneamento), salvaram-se no ano passado. O índice que reúne papéis desse segmento caiu 7,12%, ante uma alta de 21,67% em 2023.

Segundo Rivero, 2024 foi um ano muito desafiador para a grande maioria das empresas brasileiras por conta do clima de insegurança com a política fiscal do governo Lula, o que pressiona o Banco Central por mais altas de juros.

“Se a gente pegar os índices Ibovespa, IBrX 100, o IDIV e o Small Caps, estamos falando de 176 ações relevantes que fazem parte desses quatro índices. Desse total, somente 30 ações tiveram rentabilidade positiva. Então, a queda chegou a ser muito generalizada no mercado no ano passado”, diz Rivero.

Confira o resultado completo do levantamento:

Com Stéfanie Rigamonti


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noticia por : UOL

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