A importação de criptoativos —ativos virtuais que incluem criptomoedas como o bitcoin– bateu um novo recorde no Brasil ao somar US$ 18,2 bilhões em 2024.
Segundo dados do Banco Central divulgados na sexta-feira (24), houve um salto com relação ao ano anterior, quando foram importados US$ 12,3 bilhões.
A importação dos criptoativos reflete o fluxo desses ativos digitais entre um não residente (vendedor) para um residente (comprador) no Brasil.
O resultado líquido do ano, a diferença entre importação e exportação, foi a saída de US$ 16,7 bilhões, ou seja, a importação superou em US$ 16,7 bilhões o volume de exportações de criptoativos: de US$ 1,5 bilhão em 2024.
Essa diferença no fluxo transacional pode ser explicada em parte pelo alto custo de eletricidade no Brasil, o que inibe a mineração de criptomoedas. Um estudo do BC divulgado no ano passado mostrou que, segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), 80% da mineração mundial de bitcoin tem sido realizada em apenas quatro países —China, Geórgia, Suécia e EUA.
A regulamentação de ativos virtuais estava na lista de prioridades da área de regulação do BC em 2024. No ano passado, foram abertas três consultas públicas sobre o tema com o objetivo de trazer maior segurança aos investidores do setor.
noticia por : UOL