Agora longe do Planalto, alguns indiciados trabalham em empresas privadas. É o caso do almirante Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia. Ele liderou a comitiva que tentou entrar no Brasil com as joias sem declarar à Receita Federal. Portanto, de forma ilegal.
Albuquerque fundou empresa de consultoria para empresas de energia e mineração. A DEM Consultoria foi aberta em novembro de 2022. Ele também atua como consultor independente da Odebrecht desde 2023. Além disso, é militar da reserva da Marinha, com salário de R$ 37.988 mensais.
Outro indiciado, ex-chefe de gabinete de Albuquerque, é sócio da DEM Consultoria. José Roberto Bueno também é diretor de Gestão Corporativa e Sustentabilidade da estatal ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear), além de militar da reserva, com salário de R$ 33.223 por mês.
Ex-advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef articula encontros em Atibaia. Segundo a PF, ele teria sido escalado para resgatar as joias vendidas ao exterior. Não publica nas redes sociais desde 2023, mas tem dado as caras nos bastidores da política de Atibaia, no interior de São Paulo. Em 4 de fevereiro, intermediou uma reunião do prefeito Daniel Martini (PL) com a cúpula da Polícia Civil da região.
Prefeito de Atibaia foi eleito com ajuda de Wassef em outubro de 2024. Em entrevista ao jornal “O Atibaiense”, Martini afirmou que o advogado teria um papel importante na interlocução com o governo estadual e federal. “Considero Wassef um deputado sem mandato, ele tem muitos contatos”, disse. O UOL tentou contato com Wassef e com a Prefeitura de Atibaia, mas não teve resposta.
Outra indiciada no caso das vacinas atua em prefeitura do RJ. A médica Célia Serrano da Silva, indiciada no caso das vacinas, segue como secretária municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ). Ela teria dado a ordem para servidores inserirem as informações falsas de vacinação do ex-prefeito Washington Reis no sistema.
noticia por : UOL