Este 6 de fevereiro é o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a prática, presente em pelo menos 92 países e quatro continentes, como uma das manifestações mais brutais de desigualdade de gênero com danos físicos e mentais profundos além de riscos de saúde que podem levar à morte.
Parcerias e alianças são vitais para acabar com problema
Este ano, o tema é: “Aumentando o passo: fortalecendo alianças e construindo movimentos para erradicar a mutilação genital feminina”, numa tradução livre.
A prática é considerada pela ONU uma violação dos direitos de mulheres e meninas à dignidade, saúde e autonomia de seus próprios corpos. Somente este ano, mais de 4,4 milhões delas correm risco de sofrerem a prática.
![Unfpa lançou um programa conjunto com o Unicef para combater a mutilação genital feminina Unfpa lançou um programa conjunto com o Unicef para combater a mutilação genital feminina](https://global.unitednations.entermediadb.net/assets/mediadb/services/module/asset/downloads/preset/Collections/Embargoed/04-02-2025-UNFPA-Djibouti-03.jpg/image770x420cropped.jpg)
Atualmente, 230 milhões sobrevivem com o problema. Segundo Guterres, a erradicação dessa terrível violação dos direitos humanos é urgente e possível de se alcançar.
Uma das propostas é fechar parcerias e alianças com governos, organizações de base e sobreviventes para eliminar a mutilação genital de mulheres e meninas até 2030.
Mais 27 milhões de meninas sob risco até 2030
No ano passado, os países-membros da ONU prometeram como parte do Pacto para o Futuro, firmado em setembro, que acabariam com a prática ao combater normas sociais negativas e a discriminação de gênero.
Se nada for feito, nos próximos cinco anos, mais 27 milhões de meninas e mulheres poderão ser vítimas da mutilação genital.
Em 2008, o Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, lançou um programa conjunto com o Unicef para combater a prática.
FONTE : News.UN