Durante o 22° Fórum Empresarial LIDE, no Rio de Janeiro (RJ), o governador Mauro Mendes destacou a liderança cada vez maior de Mato Grosso entre as regiões produtoras de alimentos do mundo.

Mauro participou do painel “A nova realidade do agro brasileiro”, na tarde desta quinta-feira (29.06), acompanhado do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.

“Na perspectiva do estado de Mato Grosso, nós temos um futuro brilhante pela frente. Conseguimos construir um modelo de competitividade que nos permite olhar para o horizonte no médio e longo prazo, com muito otimismo. Não tenho dúvida que nós vamos liderar o mundo cada vez mais na produção de alimentos”, relatou.

O governador registrou que Mato Grosso é o estado campeão nacional na produção de alimentos, sendo o 3° maior produtor mundial de soja, desbancando a Argentina.

Apesar da produção em larga escala, conforme Mauro Mendes, o estado preserva 62% do território.

“Esses 62% estão intactos e iguais estavam há mais de 500 anos, quando Pedro Álvares Cabral chegou aqui. Se nós olharmos para os Estados Unidos, o grande produtor é a Califórnia, que tem apenas 26% de preservação. Se olharmos para a China, a província chinesa que mais produz alimentos preserva apenas 11%. Ninguém tem o que nós temos aqui, mas essa narrativa é um grande desafio que temos que saber lidar”, pontuou.

Para Mauro Mendes, é preciso que esses grandes ativos ambientais sejam conhecidos pelo país e pelo mundo.

“E isso começa por nós, pela imprensa brasileira, pelos grandes atores, grandes líderes, porque nós precisamos fazer com que essa verdade, que é uma verdade absoluta, possa ecoar não só dentro do Brasil, mas ao redor de todo o planeta”, disse.

O governador lembrou que Mato Grosso e o Brasil utilizam, em sua absoluta maioria, matrizes sustentáveis para gerar energia e produzir, em contraste com países da Europa que tem aumentado o consumo de carvão e, ainda assim, querem ditar regras ambientais aos brasileiros.

“40% das emissões mundiais de carbono são feitas pela queima de combustíveis e principalmente pela queima de carvão. Grande parte desses países que apontam o dedo para o Brasil, nas últimas décadas aumentaram o consumo e o uso dessas matrizes energéticas. Enquanto isso, nós temos mais de 90% da nossa matriz renovável, limpa”, mostrou.

Como exemplo dessa contradição, Mauro Mendes citou a lei recentemente aprovada pela União Europeia que veda a importação de produtos brasileiros oriundos do desmatamento, mesmo aqueles realizados dentro da legislação.

“Isso é um desrespeito ao Congresso Nacional, um desrespeito ao nosso Código Florestal, que é, seguramente, a lei ambiental mais restritiva e mais protetiva ao meio ambiente que existe no planeta.  Ao invés de reconhecer os nossos grandes ativos ambientais, eles ficam lá para proteger as suas emissões de carbono, que continuam aumentando. Não podemos aceitar que alguém venha dentro do nosso país, dentro da nossa casa, nos insultar, desrespeitando a lei brasileira que ataca profundamente os nossos direitos”, opinou.