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Cuiaba - MT / 18 de janeiro de 2025 - 1:16

Rio ostenta a cesta básica mais cara entre as grandes capitais

Os cariocas gastaram, em dezembro, R$ 1.033,34 para comprar uma cesta básica. O Rio de Janeiro é a mais cara entre oito capitais pesquisadas pela FGV Ibre e pela Neogrid.

A pesquisa mostra que a capital fluminense é a única em que os 18 produtos da Cesta Consumo, montada pela FGV, exigem mais do que R$ 1.000. Na vice-liderança de local mais caro está São Paulo, em que a cesta sai por R$ 984,07.

O levantamento mostra ainda que, nos últimos seis meses, a cesta carioca foi a que mais subiu de preço, com alta de 13,3%, seguida pela de São Paulo (8,0%) e Salvador (7,9%).

Foram pesquisados preços em Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Fortaleza, Salvador e Brasília.













Cesta básica com 18 ítens
Capital Preço médio nov.24 (em R$) Preço médio dez.24 (em R$) Variação (em %)
Rio de Janeiro 1.010,28 1.033,34 2,3%
São Paulo 961,76 984,07 2,3%
Fortaleza 852,36 841,14 -1,3%
Brasília 785,68 836,74 6,5%
Salvador 862,69 831,12 -3,7%
Manaus 778,72 816,77 4,9%
Curitiba 743,20 738,23 -0,7%
Belo Horizonte 675,98 686,43 1,5%

Fonte: Cesta de Consumo FGV Ibre e Neogrid

Cesta encareceu em dezembro em cinco das oito capitais

Em cinco dessas oito capitais, houve alta nos preço médio na comparação com o mês anterior.

A capital federal puxou a fila, com aumento de 6,5%. Em seguida, vieram Manaus (+4,9%), Rio e São Paulo —ambas subiram 2,3%—, e Belo Horizonte (+1,5%). Por outro lado, os preços recuaram em Salvador (-3,7%), em Fortaleza (-1,3%) e em Curitiba (-0,7%).

O óleo de soja e a margarina puxaram a alta nas oito capitais da pesquisa. O primeiro item subiu 14,3% em Brasília e 10,7% em Curitiba, enquanto a margarina, 5,6% em Manaus.

Esses aumentos foram resultado da demanda interna, afirma Anna Carolina Veiga Fercher, head de customer success e insights da Neogrid.

“Além disso, a safra nacional de soja ainda sofre com os efeitos climáticos, reduzindo a oferta no mercado nacional.”

Em contrapartida, legumes, leite UHT e farinha de mandioca se destacaram pela queda de preço. Os legumes caíram 31,7% em Curitiba e 20,5% em Salvador.

Os números do estudo coincidem com os dados da inflação aferidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os alimentos em geral fecharam 2024 com inflação acumulada de 8,23%.

As carnes aumentaram 20,84% no IPCA de 2024, e o café moído, 39,6%. Especialistas apontam que a mudança climática, exportações em alta e impactos do dólar caro no câmbio pressionaram o grupo.

Com Stéfanie Rigamonti


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noticia por : UOL

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