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Laudicério Aguiar Machado, de 46 anos, se defendeu das acusações.
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTEMT
O sargento da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), Laudicério Aguiar Machado, de 46 anos, nega ter dado um soco em uma mulher durante uma festa de casamento ocorrida na madrugada de terça-feira (7), em Várzea Grande. Por meio de nota enviada à imprensa nesta quarta (8), ele nega as acusações e diz que foi empurrado, agredido e exposto diante do ocorrido.
Segundo o boletim de ocorrência, Laudicério estaria muito alterado e sob influência de bebida alcoólica, ocasião em que teria se envolvido em uma confusão, que culminou no soco na mulher. Em seguida, o sargento teria fugido do local.
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Em nota, o policial alegou que foi vítima de violência física, verbal e de preconceito. Além disso, Laudicério também contou que o boletim de ocorrência não procede e que ele não fugiu do local, apenas foi embora para evitar que a confusão se alastrasse.
Confira o pronunciamento na íntegra:
“Venho a público para me manifestar sobre as ilações absurdas e sem fundamentos ao meu respeito. Na data dos fatos na condição de convidado dos noivos, os quais conheci no ambiente profissional e com o passar do tempo se tornaram amigos íntimos e até confidentes. No entanto, é uma parceria que está sendo encerrada o que tem gerado incômodos.
Fui na cerimônia por insistência do noivo, estive na igreja e segui para o salão de festas com os demais. Durante a festa, conversava com o pai do noivo sobre questões profissionais. Ele me fazia cobranças das quais considerei indevidas, tanto pelo meu trabalho quanto pelo ambiente em que estávamos. A discussão foi ficando mais acalorada e os ânimos se exaltando entre nós dois, ao ponto de iniciar um tumulto, pois os familiares do noivo vieram também tirar satisfação sobre toda a discussão.
Nesse momento, eu estava isolado, uma vez que a festa era dos noivos e seus familiares. Houve um tumulto, empurra-empurra e fui me direcionando para sair do local e ir embora da festa, sofrendo empurrões do pai do noivo e seu filho, irmão do noivo. Assim que consegui me desvencilhar deles, fui até meu carro e saí do local.
Ontem tive exposta minha intimidade quando fizeram um boletim de ocorrência expondo minha minha vida pessoal de foro íntimo espalhada para para toda a imprensa para justificar o que fizeram comigo. A dor que essa exposição me causa é imensa. É a dor de uma vida e não tenho palavras suficientes para expressar isso. Além de sofrer violência física e verbal, tem a violência do preconceito.
Confesso que o fato me trouxe profundo abalo físico e psicológico, não apenas pelo que ocorreu na festa, mas pelo absurdo do qual estou sendo acusado. Lamento profundamente o que ocorreu e peço desculpas aos amigos noivos e toda família pela confusão, mas é preciso dizer a verdade.”
FONTE : ReporterMT