Desde 2019, Donald Trump apresentou diversas vezes a hipótese da Groenlândia aderir aos Estados Unidos. Mas nas últimas semanas, o tema está beirando a obsessão. Na segunda-feira (6), ele escreveu na sua rede social Truth: “A Groenlândia é um lugar incrível e o seu povo, se e quando se tornar parte da nossa nação, se beneficiará enormemente. FAÇA A GROENLANDIA GRANDE DE NOVO!”, parafraseando o seu próprio slogan de campanha “Make América great again”, “Torne a América grande novamente”, em tradução livre.
Pouco antes do Natal, Donald Trump já tinha decidido que, “para a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos da América acreditam que a propriedade e o controle da Groenlândia são uma necessidade absoluta”.
A cada comentário do tipo, as autoridades dinamarquesas cerram os dentes e lembram que “a Groenlândia não está à venda”. Depois que o avião que transportava Donald Trump Junior – que alegou “não estar lá para comprar a Groenlândia” – aterrissou em Nuuk, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, declarou na televisão que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses” e lembrou: “os Estados Unidos são o nosso aliado mais próximo”.
Na verdade, é difícil imaginar os americanos invadindo um dos seus aliados mais próximos no Norte da Europa. Então, por que é que Donald Trump está alimentando esta fantasia de a Groenlândia se juntar aos Estados Unidos?
Em parte, essas declarações são vistas como uma forma de pressionar a Dinamarca. Durante anos, Washington criticou Copenhague por não ter investido o suficiente na segurança desta ilha estratégica, localizada entre a Europa e os Estados Unidos, onde está localizada a base militar mais setentrional dos Estados Unidos.
Esta base aérea e espacial de Thule é um elo essencial na cadeia de radares que supostamente detectariam possíveis mísseis balísticos disparados da Eurásia em direção aos Estados Unidos.
noticia por : UOL