Também houve explosões ocasionais — cerca de uma a três grandes em um período de 24 horas, com explosões menores entre elas.
“O disco de acreção é uma região muito caótica, cheia de turbulência, e o gás fica ainda mais caótico e comprimido à medida que se aproxima do buraco negro, sob gravidade extrema”, disse o astrofísico Farhad Yusef-Zadeh, da Universidade de Northwestern, em Illinois. Ele é o principal autor do estudo publicado nesta terça-feira no Astrophysical Journal Letters.
“Bolhas de gás estão se chocando umas com as outras e, em alguns casos, sendo forçadas ou comprimidas pelos fortes campos magnéticos que existem dentro do disco — algo semelhante ao que acontece nas explosões solares”, disse o astrofísico e co-autor do estudo, Howard Bushouse, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial de Baltimore.
Embora essas explosões surjam de um mecanismo semelhante às explosões solares — que lançam partículas quentes carregadas do nosso sol para o espaço — elas ocorrem em um ambiente astrofísico diferente e em um nível energético muito mais alto.
Os buracos negros são objetos excepcionalmente densos com gravidade tão forte que nem mesmo a luz consegue escapar, o que torna sua visualização bastante difícil. Dessa forma, as novas observações não são do buraco negro em si, mas do material ao seu redor.
O Sgr A* possui aproximadamente quatro milhões de vezes a massa do nosso sol e fica a cerca de 26.000 anos-luz da Terra. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou 9,5 trilhões de kms.
noticia por : UOL